2018003

História do Tijolo

Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C.; foram encontrados em Çayönü, no sudeste da Anatólia, na Turquia. Em descobertas mais recentes, foram encontrados tijolos de 7000 e 6395 a.C., em Jericó e em Çatalhüyük, respectivamente. A partir de dados recolhidos nestas e outras descobertas arqueológicas, foi concluído que os tijolos cozidos (em detrimento dos tijolos secos ao sol – adobe) foram inventados no terceiro milênio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente. Os tijolos foram uma inovação tecnológica importante, pois permitiram erguer edifício resistentes à temperatura e à umidade, numa altura em que o Homem deixou de ser nómade, passando a ter a necessidade de possuir construções resistentes e duráveis. Por volta do ano de 1200 a.C., o fabrico de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia.

Mohenjo-daro, no Paquistão.

Na região dos rios Tigre e Eufrates, os tijolos começaram a ser utilizados há mais de cinco mil anos. Isto deve-se sobretudo à grande escassez de rocha e madeira nessa região, o que fez com que as populações aderissem a outros materiais construtivos, como por exemplo o tijolo. Também na Suméria o material de eleição foi o tijolo; tinham uma forma arredondada e não eram unidos com argamassa, nem com cimento. Para tornar os edifícios mais seguros e resistentes os espaços vazios eram preenchidos com betume, palha e ervas.

Também no Antigo Egipto e na civilização do Vale do Indo o tijolo era um material muito utilizado. Esse facto pode ser observado nas ruínas de Buhen, Mohenjo-daro e Harappa, por exemplo. As dimensões dos tijolos encontrados tinham uma razão de 4:2:1; estas são as dimensões ideais para este tipo de elemento construtivo.

Túmulo romano na Via Ápia, em Roma, onde é utilizado o tijolo romano

Os romanos adotaram também o tijolo e desenvolveram um novo tipo – tijolo romano. Este foi um dos principais elementos de construção dos edifícios do Império. Tinham uma forma um pouco fora do habitual, pois eram bastante compridos (6:2:1). Frank Lloyd Wright, arquitecto americano do século XX, utilizou este tipo de tijolo em muitas das suas obras.

Catedral de Roskilde, na Dinamarca, é um exemplo de gótico báltico

No século XII, os tijolos produzidos no norte de Itália foram levados para a Alemanha, onde se adquiriram um importante papel na arquitectura. O chamado Gótico Báltico foi uma variação do estilo gótico onde o tijolo era o principal elemento construtivo. Teve um grande impacto nos países nórdicos devido à falta de pedra. Podem-se encontrar exemplos destes edifícios na Dinamarca, Alemanha, Polónia ou Rússia.

Durante o Renascimento e o Barroco, as paredes de alvenaria de tijolo não eram apreciadas. Porém, não foi razão para se deixar de utilizar este material; as paredes eram revestidas a gesso, no interior e exterior do edifício, de maneira a que não se percebesse a natureza do material utilizado. Já no século XVIII, as paredes de tijolo voltaram a ser aceites esteticamente.

A Revolução Industrial trouxe a produção em massa de tijolos. As pequenas oficinas que produziam tijolos desapareceram para dar lugar a grandes fábricas, com fornos enormes, que tornavam a produção de tijolos mais rápida e barata. O uso do tijolo foi generalizado; por toda a Europa apareciam novas fábricas que precisavam de ser erguidas e a indústria dos tijolos expandiu-se largamente.

No século XX, no pré guerra, o tijolo foi posto de parte, passando o aço e o betão a serem os elementos construtivos de eleição. Hoje em dia, a utilização de tijolos está cada vez mais em desuso, mas não abandonada; passou a ter uma função meramente decorativa, em detrimento da função estrutural de outrora.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tijolo

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